Eu nem queria deixar a poesia...
Não queria reformar a alma do que eu não conhecia...
Não queria atravessar sua tinta como uma inspiração momentânea... como quem sabia...
Queria ser alarme e desarmar a bomba...
Queria ser a infância e a necessidade de tolerância...
Queria ser a fome para vomitar esperança... Queria ser espírito, mundo e dança...
Queria o outono quando era primavera e o amor quando chegasse a herança...
Queria tudo que a unidade nos permitisse enquanto lanças... pela boca a força das tuas lembranças...
Sem nem querer... deixavas a poesia... sem querer... reformava a alma daquilo que não conhecia...
Atravessava a tela como uma inspiração momentânea...
Desarmava a bomba e a esperança cuspia...
Sem querer era amor...
Sem querer a gente se perdia...
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