Monday, January 23, 2012


Se não existe mais o tempo dos homens a vida nos dará o tempo das estrelas...

Uma unidade nasceu do pó e ganhou as asas da alma imaginária
Decidimos que todo suor compensaria a imensa falta de água
E o intelecto se calou para permitir a compreensão do nada.

Onde a razão não pode colocar seus pés o solo permitiu o crescimento de uma estrada
E onde caíam nossas convicções surgiam as novas pétalas das mesmas fábulas.

Era uma criança que gerenciava a construção do novo mundo
E da sua pele resistente ao grandes muros se construía um universo de fadas.
Plantamos o amor porque o ego era uma lenda mal interpretada
E colhemos a harmonia porque a dor era apenas a virgula de uma triste e esquecida parábola.

Paramos, atentos aquele vento que soprava
E cantamos, numa melodia indecifrável
A canção que, sem os nossos conceitos, enfim, nos libertava.
Foi um menino recém-nascido que traduziu o que a letra nos falava
Acorde após acorde acordamos sem saber de nada.

O sol brilhava como quem sabe em que dimensão se esconde aquela escada
Que nos levaria a horas e horas de um jardim suspenso
E suspenderia, momentaneamente, nossa intenção humana e equivocada.

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